Macieira


Escudo de prata, com uma macieira arrancada, de verde, frutada de vermelho; campanha diminuta ondada, de azul e prata, de três tiras.
Coroa mural de prata d etrês torres.
Listel branco, com a legenda a negro: " Macieira - Lousada"



Bem encaixada no Vale do Rio Sousa, Macieira aproveita a riqueza das águas e das terras fertilizadas. O curso do Sousa, sempre acompanhado da estruturante vinha de enforcado, por entre os lameiros, confere-lhe um ar de ruralidade que deve ser acautelada.

Na Inquirição de 1258, "Sancti Johannis Mazanarie" era do padroado de D. Martim Gil e de seus irmãos, segundo referem os jurados. Nesta altura não havia pároco e a freguesia era composta por 16 casais.

Nas Inquirições de D. Dinis é referida uma quinta com a denominação de Macieira, que tinha sido de D. Alda Vasques e de D. João Afonso Albuqerque. Traziam toda a vila honrada.

A 8 de Abril de 1367, D. Fernando entrega a D. Maria de Vila Lobos, diversos lugares e terras, que foram de D. Martinho (filho de D. João Afonso de Albuquerque, e por conseguinte neto de Afonso Sanches, bastardo de D. Dinis e de Teresa Martins, filha do 1º Conde de Barcelos) entre as quais algumas situadas em Macieira.

Possivelmente por falta de pároco, não houve resposta às Memórias Paroquiais de 1758, referente à paróquia de Macieira.

Igreja: Trata-se de uma obra globalmente dos finais do século XVIII, muito simplificada e austera, em nada fugindo aos preceitos e ao gosto da época.

Capelas: A Capela de São Gonçalo é centro de um largo arborizado que recebe anualmente uma grande romagem de devotos. A sua construção meditada e a sua bela galilé fazem desta obra, datada de 1672, um belo exemplar de arquitectura devocional. Pena que o seu valioso recheio, nomeadamente o seu belíssimo retábulo maneirista, tenha sido destruído e substituído por uma réplica sem qualquer valor patrimonial.

Outros locais de interesse: Os moinhos junto ao Rio Sousa são um magnífico exemplo de gestão das águas. O aproveitamento da água da pequena Ribeira de Barrosas, a sua distribuição através de levadas e regos, ora descendo aos “infernos” dos moinhos, ou seguindo para regar os campos, proporcionam uma exemplar lição de ecologia.